quinta-feira, 26 de novembro de 2009

eu queria poder falar so de beleza, amor , paz , liberdade..., mas a vida tem um lado diferente disso tudo. uma machucadura que insiste em não cicatrizar.
esse tema não é a tonica da minha poesia , mas tocar nesse lado social , que muitas vezes esta coberto de verniz , me faz crescer.

LÂMINAS
















O QUE DESMONTA AQUELE CORAÇÃO AMARGURADO
SÃO AS HORAS MARCADAS CORRENDO EM DESALINHO.

NO SONHO SEM PERCURSO
NA ROTA ESTAGNADA...

O QUE DESMONTA AQUELE CORAÇÃO AMARGURADO
É O CAMPO INFÉRTIL DE TODAS AS MANHÃS SEM LUZ.

DE CHÃO RACHADO , DE FENDAS QUE NÃO SE FECHAM.
SEMENTES QUE NÃO GERMINAM...

É O APOIO SUSPENSO DE SUA CAMA FEBRIL.
ONDE REPOUSA AS SUAS AGONIAS.

MAS O QUE MAIS FERE E DESFIGURA
É A DOR DE VER-SE MASTIGANDO OS DIAS.


(Moisés Poeta)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

OS USUÁRIOS














Quem são eles que saem nas madrugadas escuras e frias,
tropeçando em calçadas com passos largos e aflitos?

Quem são os aventureiros
que se afundam no escuro das noites
longas e vazias?

Tão vazias e negras noites
que , delas, dificil é ver o amanhã...

Mas lá vão eles.
desenhando pegadas confusas em caminhos estreitos.

São eles : euforicos notivagos
dobrando esquinas silenciosas
em rotas nocivas e viciadas.

E sempre

Na contra-mão

Dos

Ventos...






(moisés poeta)

domingo, 15 de novembro de 2009

O COMPASSO

a aranha e o dilema de existir.
dentro do seu quadrado o silogismo norteia sua vida.
sua existencia depende de outra existencia.
a mosca é arrancada do seu descanso,
conectando-se, definitivamente, á engrenagem.